Teologia - Tifsa Brasil

A Trindade Divina

A doutrina da Trindade consiste num dos grandes mistérios da fé cristã. Em suas confissões indaga Agosti­nho: “Quem compreende a Trindade Onipotente? E quem não fala dela ainda que não a compreenda? É rara a pessoa que ao falar da Santíssima Trindade saiba o que diz. Contendem e discutem. E contudo ninguém contempla esta visão sem ter paz interior”. As Escrituras ensinam que Deus é um, e que além dele não existe outro Deus (Is 37.16). Contudo, a unidade divina é uma unidade composta de três pessoas distintas e divinas, que são: Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo. Não se trata de três deuses independentemente. São três pessoas, mas um só Deus. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são um. O Pai cria, o Filho redime, e o Espírito santifica; e, no entanto, em cada uma dessas operações os três estão presentes. 1. A Trindade na Bíblia Tanto no Antigo como no Novo Testamento, título divinos são atribuídos, distintamente, às três pessoas da Trindade. Deste modo a Bíblia diz que o Pai é Deus (Ex 20.2), que o Filho é Deus (Jo 20.28),e que o Espírito também é…

Os atributos morais de Deus – V

Os atributos morais de Deus dizem respeito a deter­minados elementos do caráter de Deus através dos quais Ele se dá a conhecer ao seu povo, levando-o a uma plena identificação com Ele.Dentre os atributos morais de Deus, os mais conheci­dos são: 1. A Veracidade de Deus A veracidade é um dos múltiplos aspectos da perfeição divina. Deus é ao mesmo tempo, veraz e perfeito. “Deus não é homem para que minta” (Nm 23.19). A mentira é incompatível com a natureza divina.Devemos ter sempre em mente que quando estamos tratando com Deus, estamos tratando com um Ser verda­deiro e pronto a cumprir as suas santas e boas palavras (Jr 1.12).Por isso, devemos depositar nele toda a nossa confiança; (Sl 125.1)na certeza de que Ele estabelecerá o nosso direito e nos conduzirá a toda a justiça.Toda a Escritura corrobora com a ideia da veracidade de Deus (Sl 31.5; Jo 3.33; Rm 3.4; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.20). 2. A Justiça de Deus A justiça de Deus está entranhavelmente relacionada com a santidade divina. Alguns dos teólogos mais respeita­dos, conceituam a justiça de Deus como uma forma de sua santidade, ou simplesmente como “santidade transitiva”. Estes termos se aplicam somente àquilo que…

As virtudes que ajuda a liderança pagar o preço da sua identidade administrativa

Introdução É notório que toda liderança paga um preço alto para manter suas atividades administrativas sadia em um espaço limitado de tempo de sua liberdade, de sua vida moral, ética e social diante de seus liderados e da sociedade em geral. Dentre tantos valores relevantes que engrandece suas atividades, estão: o cultivo da cultura da confiabilidade, da equidade, da integridade e da consideração que são as paredes do cubículo, onde ela deve fundamentar e nortear todo seu relacionamento com qualidade, eficácia e eficiência, para que seus liderados possam acreditar na seriedade de sua conduta e se é digno de sua confiança. Seja no campo eclesiástico, político, social, ou familiar. É evidente que, quando existem estas quatro características na vida de uma liderança, por certo existirá um bom relacionamento franco. Sendo assim, o líder conseguirá liderar seus liderados com facilidade e obstruir os obstáculos à frente. Sabe-se que, a cultura da confiabilidade é uma das paredes que ajuda formar o pequeno espaço ou cubículo onde a liderança precisa pagar o preço administrativo diante de seus liderados, para poder se manter forte, e construir um ambiente favorável para controlar seus liderados unidos, sem formação de grupos entre eles. Portanto, o líder que…

Os Atributos Naturais de Deus – IV

Dentre os atributos naturais de Deus, os mais conhecidos são os seguintes: 1. A Eternidade de Deus A forma usada pela Bíblia para descrever a eternidade de Deus, simplesmente diz que a sua duração corresponde a idades sem fim (Sl 90.2,12; Ef 3.21). Devemos nos lembrar, porém, que ao falar assim, a Bíblia está a usar linguagem filosófica. Geralmente concebemos a eternidade de Deus como sendo uma duração de tempo indefinido que recua para o passado humano e que adentra o futuro idêntico. “Eternidade”, no sentido estrito da palavra aplica-se ao que transcende a todas as limitações. O tempo tem relação estrita com os mundos dos objetos que existem em sucessão. Deus enche o tempo; está em cada partícula dele, porém sua eternidade não é a mesma coisa que existir limitado pelo tempo. A existência do homem, quanto ao tempo, está dividi­da em períodos compreendidos por dias, semanas, meses e anos. Não é assim a existência de Deus. Nossa vida está di­vidida em passado, presente e futuro. Porém, na vida de Deus, o passado, o presente e o futuro se fundem no eterno agora. Ele é o eterno “Eu Sou” (Ex 3.14). A eternidade de Deus pode ser definida de…

O Estudo da Teologia – A Existência de Deus I

Introdução Não obstante ser um livro que trata essencialmente de Deus e do seu relacionamento com o homem, a Bíblia não tem como propósito primeiro provar a existência de Deus fato indiscutível e pacífico no decorrer de toda a narrativa bíblica.Assim como a Bíblia, a Teologia não se propõe a disse­car o ser de Deus, mas a apresentá-lo ao nível da com­preensão humana. É evidente que Deus como um Ser eter­no, onisciente, onipotente, onipresente e santo, jamais po­deria ser aquilatado na sua plenitude pelo homem cuja ca­pacidade é mui limitada em si mesma. Se a Bíblia diz que os céus, nem os céus dos céus pode conter a Deus (1 Rs 8.27), como que a nossa ínfima compreensão seria capaz de aquilatá-lo? Comece por onde começar a nossa pesquisa do Ser divi­no, ela sempre esbarrará na declaração de Jesus à mulher samaritana: “Deus é Espírito…”(Jo 4.24). I – A Existência de Deus Só tem sentido falar da existência de Deus, se cremos, realmente, que Ele existe. No estudo deste assunto, a Bíblia é infinitamente rica e definida. Ela não supõe ape­nas que há algo, alguma coisa, alguma ideia ou tendência a que se deve dar o nome de Deus.Absolutamente! Deus…

A Natureza de Deus – III

Deus pode ser revelado e crido mas jamais assimilado na sua plenitude, tampouco pode ser analisado num tubo de ensaio de laboratório. O Catecismo de Westminster ten­ta dimensionar Deus quando diz: “Deus é espírito, infini­to, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santi­dade, justiça, bondade e verdade”. 1. A Vida de Deus A vida de Deus é intimamente ligada ao próprio fato da existência de Deus, estudada nas duas divisões an­teriores. Há coisas que existem e no entanto não têm vida, como é o caso do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janei­ro, os Alpes Suíços, a Cordilheira dos Andes, o Monte Everest, ou as grandes rochas de Gibraltar. Mas Deus não só existe, Ele é vivo; Ele possui vida. Ou melhor, Deus é a própria vida (Jo 5.26). Dele, nele, por Ele e para Ele emana tudo e todos os seres criados, animados e inanimados. São abun­dantes os textos das Escrituras que falam da vida de Deus (Jr 10.10-16). Vida é um termo que não pode ser plenamente defini­do. A ciência define-a como uma correspondência entre os órgãos e o ambiente. Porém, quanto a Deus, significa mui­to mais que isso, visto que Deus não tem ambiente…